32 Comentários
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Avatar de Adil Matioli

Gostei muito do texto! Sempre me frustrei com os algoritmos que nos obrigam a espremer conteúdo produzido massivamente em conteúdos curtos e altamentes estimulados.

Não basta o consumo exagerado de conteúdos, afinal todo lugar tem estímulo, o produtor de conteúdo precisa entrar nessa onda e produzir nesse ritmo se não quiser flopar.

Encontrei paz quando cheguei aqui e percebi o pó tô que você trás no texto: a construção de comunidades e produção de conteúdo para pessoas que realmente estão engajadas.

A métrica é outra e é importante ficar em paz com isso. Ha também que se ter discernimento e alavancar as redes de acordo com seu potencial, as vezes a news sai aqui e o carrossel dela vai pro LinkedIn e um infográfico vai pro Instagram.

Eu ainda valorizo muito a interação e diálogo, pois nosso software não é tão atualizado assim pra absorver tanta informação em tão pouco tempo.

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Avatar de Mariana Coutinho

É isso, Adil! A métrica é outra mesmo. Sinto que a interação aqui é muito diferente e acaba sendo mais valiosa pra mim.

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Avatar de venus edain ✧

Gostei pra caramba do texto. Realmente, é por isso que eu amo tanto o substack. Meu post pode até estar sendo entregue pra poucas pessoas, mas eu não tô falando com as paredes. Sou escritora, sou poeta, sou uma alma que pensa e sente muito e não fui feita pra ser compacta e falar pouco. Eu falo MUITO, falo sobre tudo, divago sobre um mesmo ponto 300 mil vezes e, pra finalizar, ainda falo um pouco mais. Então prefiro mil vezes falar com 13 pessoas que vão me ouvir de verdade e me responder de volta quando eu questiono algo, do que falar com 4.000 que vão me ignorar e me abandonar se minha pergunta demorar mais que 5 segundos de leitura.

Esse é o preço que se paga pelo slow content, e sei que muita gente não está disposta a pagar por ele. Mas eu adoro esse modelo, nasci pra ele, e é assim que seguirei. Por isso me apaixonei pelo substack. Espero que esse modelinho como as pessoas operam aqui nunca mude.

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Avatar de Mariana Coutinho

Tbm tô gostando desse modelo. Sinto que as pessoas estão mais interessadas em interagir aqui e realmente escutar e trocar. Muito diferente do Instagram, por exemplo.

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Avatar de Renato Mendes

Concordo 100%. Achei o substack um lugar ideal inclusive pq eu tinha alguma esperança de que o linkedin poderia ser esse lugar. E não era, nem de longe.

Essa "prática" do conteúdo devagar tem colocado um holofote no quão profunda é a raiz que o capitalismo tem em mim. Tenho um projeto de curadoria cultural com uns amigos (@circocomplexo no instagram) onde a gente tá tentando ir por esse caminho, mas é mto doido como sempre surge essa ânsia, a tal da auto exploração do Han, né?

Mesmo aqui no @estratagema isso rola também. Dá uma bagunçada naquele ideal da vida mais tranquila, "no nosso tempo". É bem difícil achar o "nosso tempo individual" vivendo no "nosso tempo coletivo".

Valeu pelas palavras!

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Avatar de Mariana Coutinho

Perfeito, Renato! Essa ânsia é muito real. E no fim é isto mesmo: complicado a gente achar um ritmo próprio diferente do ritmo coletivo em que todo mundo à nossa volta tá vivendo, ne?

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Avatar de Raissa

E se torna um ciclo vicioso em que não consumimos devagar, porque a rede social incentiva a rapidez e as pessoas produzem rápido com muitos estímulos e as pessoas se acostumam a isso e desejam mais conteúdo assim e as plataformas...

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Avatar de Matheus dos Anjos

Já se fala muito sobre desacelerar e consumir/produzir um conteúdo menos enlatado e mais compatível com a relação real do ser humano com o tempo, mas essa foi a primeira vez que li um texto que encara essa questão com franqueza. A verdade é que não tem como desacelerar, as coisas não mudarão, pois não é mais um problema exclusivo das redes sociais, é cultural, geracional, faz parte do capitalismo esse estímulo a ultrapassar o limite do que é essencialmente humano, como fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, comprar mais do que pode, enfim.

O que, pra mim, é muito triste, pois acho que estamos perdendo a parte boa das redes sociais, que é compartilhar e interagir, e escolhendo - ou melhor, sendo obrigados a escolher - viver num infinito "momento dos comerciais" de televisão, quando o programa é interrompido para passar várias propagandas. Porque ainda tem isso, não só o conteúdo é podre, como uma fatia bem gorda é conteúdo patrocinado que, muitas vezes, é sinônimo de conteúdo com rabo preso. Daí nós ficamos cansados, e ao invés de procurar mudar o nosso comportamento como consumidores ou produtores de conteúdo, ficamos preso numa espiral de soluções rápidas e inoperantes, totalmente ordinárias, como "detox de redes sociais" para achar que fugiu dessa dinâmica atroz, quando só estamos nos enganando, pois em pouco tempo voltamos a mergulhar nessa mesma água de esgoto. O foda disso tudo é conseguir continuar, sustentar o ânimo de produzir e de consumir conteúdo de qualidade, porque, como você disse, às vezes o desânimo bate forte e quase não quer largar.

Bom, só queria dizer que adorei o texto!

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Avatar de Mariana Coutinho

Adorei seu comentário, Matheus! Obrigada! É exatamente isso.

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Avatar de Bruna Del Valle

Gostei muito do texto, Mariana. Não só porque concordo com você, mas porque esse assunto anda na minha cabeça também. Eu escrevi um pouco sobre isso na minha última news, mas relacionado à leitura e como a gente vai empilhando livro em cima de livro sem fazer digestão deles. No fim, me parece que estamos "internalizando" o algoritmo, sabe? Te segui aqui, quero voltar e ler os outros textos com calma :)

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Avatar de Mariana Coutinho

Siiim, Bruna. Eu tb acho isso. Minha teoria é que a gente está levando essa aceleração pra tudo na vida, mesmo o que tá offline.

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Avatar de Bruna Del Valle

E a que custo, né?

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Avatar de Paula R. Alvarez

enquanto eu lia estava respondendo mensagem no whastapp, vendo post no instagram, repostando vídeo, ouvindo música e trabalhando... tudo no automático. Socorro! A aba aberta aqui pra eu terminar e nada! Agora vou ler com calma, e depois comento novamente ...

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Avatar de Mariana Coutinho

Clássico! Eu tb tô com um bando de texto aberto aqui há dias sem conseguir ler kkk

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Avatar de Paula R. Alvarez

depois de algumas semanas, cá estou eu novamente! Como que quase tudo começa na segunda, hoje decidi voltar pra cá e colocar as coisas em ordem. Já basta o caos na cabeça né?! Adorei o texto todinho!!!

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Avatar de Diego Kehrle

Demais o texto. Venho experimentando e escrevendo sobre redes sociais descentralizadas - mastodon, pixelfed e outras - e concordo inteiramente. Principalmente com a ideia de ir para outras redes, estas que citei, por exemplo, são mais lentas, mais "chatas", justamente porque não foram criadas para lucrar em cima do vício dos usuários, mas para construir comunidades por meio de conversas sobre interesses em comum. Tenho pensado em passar a utilizar o Ghost (para escrita), por essa ideia de descentralizar a maneira de conectar as pessoas justamente para não depender de uma rede social comercial como centro de poder do processo. Que bom que tocou no assunto.

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Avatar de Mariana Coutinho

Legal, Diego! Confesso que ainda não testei essas redes, mas agora vc me deixou até com curiosidade de ver como funciona na prática. Acho que vou dar uma fuçada lá.

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Avatar de Camila Tardin

Muito bom Mariana! Adorei encontrar esse seu texto por aqui. Conheci essa palavra "slow" quando vim pela primeira vez pra Itália em uma feira. Tem um movimento chamado "slowfood". Só depois que fui saber do "slow content" e "slow business".

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Avatar de Daiana Mota

Total! Eu acho que em especial o Tik Tok, é uma rede social que eu gosto de chamar de Dementadora, porque eu sinto ela te sugando de todas as formas possíveis.

Eu sei da força e importância dela, mas a minha sensibilidade é bem aguçada e eu sempre saio muito mal depois usar a plataforma. É um excesso muito grande! Parece que você entrou em uma grande feira que tá todo mundo gritando com você o tempo todo.

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Avatar de Mariana Coutinho

Hahaha adorei o dementadora. É por aí mesmo.

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Avatar de Giovana Belfiore

Seu texto valida muita coisa que percebi na minha experiência pregressa. Eu trabalhei por um bom tempo com Slow Content. Pesquisava, estudava cases de sucesso (gringos, em sua maioria esmagadora) aplicava, tentava trazer pro nosso mercado, escrevia, gravava podcast, tinha serviços para ajudar outras pessoas a implementar um caminho de comunicação mais consciente e slow nas redes sociais, mas a verdade está nua e crua no seu texto - escolher esse jeito de criar conteúdo é fazer uma série de renúncias dentro de um negócio, e tudo bem. Só não é pra todo mundo. Quando eu trabalhava como consultora de marketing, o Slow Content fechou algumas portas, porque é isso - o mercado não está muito interessado em ouvir o "vender menos, porém melhor". Como empreendedora, sigo feliz e contente escolhendo bem os meus espaços e criando num ritmo possível.

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Avatar de Mariana Coutinho

É bem isso. Em geral, as empresas não querem saber de ter audiência qualificada ou trabalhar marca se isso puder significar vender menos, ainda que temporariamente. É bem complicado.

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Avatar de Gioh Becker

Agradeço esse “lembrete” gentil, isso me trouxe muita reflexão.

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Avatar de Mariana Coutinho

Que bom, Gioh. Eu que agradeço o comentário

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Avatar de Paula Narvaez

Delícia de texto. Tenho certeza que tem muita coisa legal, ainda online, acontecendo fora das grandes redes. Seu texto é um sinal!

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Avatar de Mariana Coutinho

Obrigada, Paula! Tbm acho. O difícil é a gente descobrir pq estamos muito condicionados às redes sociais, ne? Mas aos poucos acho que vamos encontrando soluções...espero.

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Avatar de Cátia Madeira

Está é uma excelente reflexão. Também me parece que passa por um espaço onde consigamos mandar o que escrevemos para quem se manifestou interessada. Porque no Instagram, por exemplo, não entregam para todas as pessoas que seguem, às vezes nem para 10%.

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Avatar de Mariana Coutinho

Sim, essa questão do conteúdo que não é entregue é bem complicada. Por isso tenho gostado desse formato de newsletter. É mais garantido que as pessoas vão receber.

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Avatar de Futuro Sensível

ahh obrigada pela menção! eu sinto muito essa dualidade de ir mais devagar ou fazer mais posts pra "agradar" o algoritmo. acho que ir devagar é mais resistência, não se importar com algoritmo... mas quem escreve quer ser lido, né? enfim, vou seguindo meu ritmo sem enlouquecer e tentando não deixar a peteca cair. obrigada pela reflexão. (e eu também não perco uma oportunidade de ouvir o Dr Auzio kkk)

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Avatar de Mariana Coutinho

Sim! É essa dualidade entre querer ser lido, mas não querer entrar no vórtex doido do algoritmo, né? Não é fácil. Fã-clube do Dr Auzio é forte kkk

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Avatar de Rossana Viana Gaia

Parabéns pelas excelentes reflexões. O tempo de saturação de dados, em algum momento, gera exaustão e cansaço. Estou no tempo de selecionar conteúdos raros, como o seu. O tempo é igualmente raro. Siga em frente!

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Avatar de Mariana Coutinho

Obrigada! ❤️

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