Adorei ler esta sua reflexão! Fui mãe pela primeira vez há 4 meses e quero muito voltar a fazer exercício físico (fiz um ano de yoga, duas vezes por semana, antes de engravidar), mas não me estou ainda sentindo preparada e ver toda a gente a performar fitness me stressa. Ganhando coragem 🤞🏻
Vai no seu tempo, Raquel. É difícil mesmo voltar depois de ter um bebê. O meu está com 1 ano e meio e ainda não consegui acertar o passo com os exercícios. Mas uma hora vai!
Sensacional, concordo 100%. Lembrei também da galera que "falsifica" pace no strava. Nunca consegui entender, mas acho que, no fundo, é o que você traz: provar algo para os outros, exercício performatico.
Me identifiquei com a inspiração no Dr Drauzio. Minha amiga me deu o livro dele antes de eu correr minha primeira meia. Devorei ele todinho. Muito incrível, bons ventos na cara no seu retorno à corrida 💜
O exercício performático nunca foi saudável. Nem para quem pratica, nem para quem está ao redor. Em alguns lugares, está insuportável caminhar por lazer ou para passear o cão. Isso porque algumas pessoas resolvem fazer da calçada uma pista de atletismo e, pior, recusam-se a diminuir o ritmo da própria corrida ou até da pedalada para desviar de algo ou alguém. Tudo para atingir números, não importa o que ou quem. Este é o nível da doença. Na penúltima edição da minha newsletter, cito uma reportagem da The Cut que dá conta deste mal estar: https://bomproveito.substack.com/p/54-a-passear-com-jane-jacobs
Que texto incrível. Me fez entender pq tenho tanta dificuldade com esportes. Eu comecei a gostar de correr até começar a comparar minhas roupas normais com as da Live, óculos de corrida e applewatchs. Tudo virou muito performático, tenho raiva disso. Assim como abandonei o Instagram, abandonei a corrida, mas essa ainda pretendo voltar.
Eu era dessas que fugia da educação física também. Inclusive, além de ser a última a ser escolhida, era cobrada pelas outras meninas, que sempre me gritavam um "vê se joga" que me irritava profundamente, hahaha. Ainda por cima, nunca fui boa de coordenação motora (sou ruim até hoje!) e morria de medo de cair ou de me machucar. Hoje em dia, faço pilates 1 vez na semana e nos outros dias volto a pé do trabalho (dá uns 40 min de caminhada), além de ir a pé aos lugares sempre que dá. Hoje em dia, por incrível que pareça, gosto de me exercitar. Adoro andar pela rua, por exemplo, e ficar vendo a arquitetura das casas. Ah, e quanto a fotos, sempre fui uma péssima usuária de redes sociais: sou dessas que só lembra de tirar foto do prato depois de terminar de comer, hahaha. No máximo tiro fotos de uma casa ou outra para inspirar desenhos depois.
siim, tinha essa pressão das outras meninas ainda mesmo. acho que vc gosta hj justamente pq não tem essa pressão, né? dá pra caminhar em paz e fazer uma atividade que vc goste. A gente devia aproveitar a vida adulta pra escolher algo que prefere e poder achar um jeito de se exercitar de forma agradável mesmo, sem imposições.
Achei bizarríssimo esse rolê do processo seletivo da academia... eu confesso que eu não entendo o conceito de performar. Por que alguém gastaria tempo e dinheiro só pra aparecer pros outros? Seria uma tentativa de pertencimento?
Vc pode ser corredora e outsider, não fazer parte do mundinho, assim como eu. E modéstia à parte, corro melhor que muita gente que se mata de treinar e levanta bandeira de pertencimento. Corrida é muito mais do que isso que o "boom da corrida do instagram vende". Só vai!
pelo menos para mim, desmistificar isso de que só posso fazer um exercício físico se eu for boa é um trabalho diário e contra a corrente da produção de conteúdo.
tá tudo bem não ser boa, só de eu ter fugido de todas aulas de educação física quando era criança para voluntariamente ir na academia já é evolução suficiente, não preciso ter o melhor pace do mundo. também não preciso fraudar corridas (uma coisa que eu não sabia que existia mas nem me deixou assustada).
respondendo sua pergunta: O exercício performático ainda é saudável? para mim é muito claro que nessas situações não é por saúde, é pelo ego.
nossa, sim, eu sou exatamente esta pessoa que fugia da aula de educação física, então qualquer constância ou prazer com exercício já um GRANDE avanço. kkk tem que se comparar com a gente mesmo e não com pessoas do instagram
Que texto maravilhoso! E que análise certeira. Fiquei chocado com o app pra trajeto fake, mais chocado ainda pela adesão da galera.
Não vou mentir que já fui muito de tirar selfie na academia e postar nos stories (talvez pra mostrar que eu me cuido, ou para mostrar que estou num “seleto grupo de pessoas que treinam às 7 da manhã”), enfim… hoje em dia já não faço mais isso, mas fico só analisando como se fosse um antropólogo que tira a foto depois do treino, dedicando 10 min em busca da pose perfeita.
pois é. Assim, tem gente que se sente motivado a ir todo dia se estiver compartilhando com as pessoas e tudo, mas tem uma hora que perde a mão, né? kkkk começa a ver que tá indo pra postar e não o contrário. aí tem que parar em pensar mesmo no que a gente tá fazendo.
Dar de cara com esses “mundinhos” é algo que acontece com quem consome muita informação de redes sociais ou entretenimento como tiktok. Eu mesmo fiquei sabendo recentemente por amigos dessa onda de corredores e de bebês reborn nas redes, pois no mundo fora delas não há esse incômodo todo, nem vejo tanto se falando em jornais decentes.
Adorei ler esta sua reflexão! Fui mãe pela primeira vez há 4 meses e quero muito voltar a fazer exercício físico (fiz um ano de yoga, duas vezes por semana, antes de engravidar), mas não me estou ainda sentindo preparada e ver toda a gente a performar fitness me stressa. Ganhando coragem 🤞🏻
Vai no seu tempo, Raquel. É difícil mesmo voltar depois de ter um bebê. O meu está com 1 ano e meio e ainda não consegui acertar o passo com os exercícios. Mas uma hora vai!
Texto perfeito!
Obrigada! <3
Sensacional, concordo 100%. Lembrei também da galera que "falsifica" pace no strava. Nunca consegui entender, mas acho que, no fundo, é o que você traz: provar algo para os outros, exercício performatico.
Me identifiquei com a inspiração no Dr Drauzio. Minha amiga me deu o livro dele antes de eu correr minha primeira meia. Devorei ele todinho. Muito incrível, bons ventos na cara no seu retorno à corrida 💜
Obrigada, Natasha! Bons ventos pra vc tb <3
Eu tenho ficado assustada para onde estamos caminhando ....
O exercício performático nunca foi saudável. Nem para quem pratica, nem para quem está ao redor. Em alguns lugares, está insuportável caminhar por lazer ou para passear o cão. Isso porque algumas pessoas resolvem fazer da calçada uma pista de atletismo e, pior, recusam-se a diminuir o ritmo da própria corrida ou até da pedalada para desviar de algo ou alguém. Tudo para atingir números, não importa o que ou quem. Este é o nível da doença. Na penúltima edição da minha newsletter, cito uma reportagem da The Cut que dá conta deste mal estar: https://bomproveito.substack.com/p/54-a-passear-com-jane-jacobs
Que texto incrível. Me fez entender pq tenho tanta dificuldade com esportes. Eu comecei a gostar de correr até começar a comparar minhas roupas normais com as da Live, óculos de corrida e applewatchs. Tudo virou muito performático, tenho raiva disso. Assim como abandonei o Instagram, abandonei a corrida, mas essa ainda pretendo voltar.
Pois é. Não podemos deixar isso afastar a gente do exercício
Mariana sempre fazendo a terça-feira um dia melhor! que coisa boa de ler
<3
Eu era dessas que fugia da educação física também. Inclusive, além de ser a última a ser escolhida, era cobrada pelas outras meninas, que sempre me gritavam um "vê se joga" que me irritava profundamente, hahaha. Ainda por cima, nunca fui boa de coordenação motora (sou ruim até hoje!) e morria de medo de cair ou de me machucar. Hoje em dia, faço pilates 1 vez na semana e nos outros dias volto a pé do trabalho (dá uns 40 min de caminhada), além de ir a pé aos lugares sempre que dá. Hoje em dia, por incrível que pareça, gosto de me exercitar. Adoro andar pela rua, por exemplo, e ficar vendo a arquitetura das casas. Ah, e quanto a fotos, sempre fui uma péssima usuária de redes sociais: sou dessas que só lembra de tirar foto do prato depois de terminar de comer, hahaha. No máximo tiro fotos de uma casa ou outra para inspirar desenhos depois.
siim, tinha essa pressão das outras meninas ainda mesmo. acho que vc gosta hj justamente pq não tem essa pressão, né? dá pra caminhar em paz e fazer uma atividade que vc goste. A gente devia aproveitar a vida adulta pra escolher algo que prefere e poder achar um jeito de se exercitar de forma agradável mesmo, sem imposições.
Achei bizarríssimo esse rolê do processo seletivo da academia... eu confesso que eu não entendo o conceito de performar. Por que alguém gastaria tempo e dinheiro só pra aparecer pros outros? Seria uma tentativa de pertencimento?
Acho que é pertencimento, sim. Pior que é o que mais tem...
Vc pode ser corredora e outsider, não fazer parte do mundinho, assim como eu. E modéstia à parte, corro melhor que muita gente que se mata de treinar e levanta bandeira de pertencimento. Corrida é muito mais do que isso que o "boom da corrida do instagram vende". Só vai!
É isso!
fico muito feliz por vc ter escrito essa edição!
pelo menos para mim, desmistificar isso de que só posso fazer um exercício físico se eu for boa é um trabalho diário e contra a corrente da produção de conteúdo.
tá tudo bem não ser boa, só de eu ter fugido de todas aulas de educação física quando era criança para voluntariamente ir na academia já é evolução suficiente, não preciso ter o melhor pace do mundo. também não preciso fraudar corridas (uma coisa que eu não sabia que existia mas nem me deixou assustada).
respondendo sua pergunta: O exercício performático ainda é saudável? para mim é muito claro que nessas situações não é por saúde, é pelo ego.
nossa, sim, eu sou exatamente esta pessoa que fugia da aula de educação física, então qualquer constância ou prazer com exercício já um GRANDE avanço. kkk tem que se comparar com a gente mesmo e não com pessoas do instagram
Que texto maravilhoso! E que análise certeira. Fiquei chocado com o app pra trajeto fake, mais chocado ainda pela adesão da galera.
Não vou mentir que já fui muito de tirar selfie na academia e postar nos stories (talvez pra mostrar que eu me cuido, ou para mostrar que estou num “seleto grupo de pessoas que treinam às 7 da manhã”), enfim… hoje em dia já não faço mais isso, mas fico só analisando como se fosse um antropólogo que tira a foto depois do treino, dedicando 10 min em busca da pose perfeita.
É muita doideira!
pois é. Assim, tem gente que se sente motivado a ir todo dia se estiver compartilhando com as pessoas e tudo, mas tem uma hora que perde a mão, né? kkkk começa a ver que tá indo pra postar e não o contrário. aí tem que parar em pensar mesmo no que a gente tá fazendo.
Dar de cara com esses “mundinhos” é algo que acontece com quem consome muita informação de redes sociais ou entretenimento como tiktok. Eu mesmo fiquei sabendo recentemente por amigos dessa onda de corredores e de bebês reborn nas redes, pois no mundo fora delas não há esse incômodo todo, nem vejo tanto se falando em jornais decentes.
É um mundo à parte mesmo