Introdução alimentar para adultos
Quando umas fichas caem sobre o seu prato
Era uma terça-feira e eu saí da consulta da pediatra desnorteada. Empurrando o carrinho, disse para o meu marido ainda virando a esquina: “Precisamos ir ao mercado agora mesmo”. Ele disse para eu me acalmar e fizemos o caminho costumeiro até em casa. Aí eu olhei com mais cuidado o papel que a médica tinha me entregado e as indicações: uma tabela com quatro colunas cheias de exemplos e a descrição de como deveriam ser as refeições principais do meu bebê de 8 meses a partir dali: uma carne, um tubérculo, um legume verde, dois legumes coloridos. Tudo sem sal. Definitivamente não dava pra comprar no quilo.
Não sei por que de repente fiquei tão assustada com a perspectiva de uma introdução alimentar com tudo feito em casa. Eu fui aprendendo a cozinhar na década dos meus 20 e poucos anos e já sabia me virar bem. Meu companheiro também sempre cozinhou. Mas esse momento de descoberta da alimentação do nosso filho acabou sendo um divisor de águas na maneira como encaramos a alimentação na casa inteira. Parece que estávamos descobrindo a comida de novo junto com ele. E essa descoberta foi doce e azeda ao mesmo tempo, mesmo que sempre sem açúcar.
Algumas fichas sobre como funciona a alimentação moderna acabaram me caindo e é sobre isso que queria falar hoje. Afinal, comer bem é uma grandíssima questão de tempo.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a Tempo de qualidade para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.